Até nunca mais

 


Estava fechada no meu quarto com os joelhos no chão, o chão era feito de pedra e estava tão gelado que eu não conseguia sequer mexer-me.
Para mim não importava estar ali era como se o tempo não passasse, mas eu sentia cada lágrima que escorria dos meus olhos.
Sentia como se fossem as cascatas da minha alma.

Parecia que todos os caminhos obscuros faziam voltar até ti por mais que quisesse libertar-me e tivesse a pura certeza que não queria voltar a sofrer ainda havia algo que mantinha ali.

Será que era masoquismo?

Masoquismo era uma força sobrenatural que bloqueava todas as minhas emoções só para venerar-te ou acreditar que merecias tudo isso de mim.

Eu não queria voltar a morrer por dentro, eu só queria curar esta dor dentro de mim.
Só queria caminhar para fora deste quarto sem olhar para trás e nunca mais voltar.
Eu queria usar toda a minha força interior sem precisar que viesses socorrer porque eu nunca precisei de ti.

Precisava de mim, da pessoa mais importante que eu parecia não ter medo de perder.
Talvez por que eu estava demasiado habituada a importar com as outras vidas ou os outros costumes, e mais uma vez, eu estava a ficar para trás.

Fiquei a saber da minha incerteza de não saber se eu mereço este mundo, mas tenho a certeza que não mereço ficar parada dentro deste quarto para sempre.


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