Universo Paralelo

Se eu tivesse de escolher entre os meus dois universos paralelos, eu escolheria ficar do teu lado.

Estou sentada em frente de um alpendre, no meio de deserto, estou vestida com aquele vestido branco e amarelo apertadinho á minha cintura como tu gostas. 

Preparei um bolo de morango e chantilly, espero por ti com um sorriso no rosto deixando as minhas pernas bem despidas para que seja a minha primeira coisa que queiras agarrar assim que me vires.

Vejo-te chegar no sol alto com um sorriso maroto e tão terno.

És tão sensual, acredita que és.

A tua sensualidade está tão presente na tua mente, na tua forma de ver a vida, na tua forma de manter-me viva, livre e num mundo longe de tudo.

A tua sensualidade vai desde o teu olhar perdido, um olhar apaixonado e um olhar louco.

Desde como acendes o cigarro e deixas ele pousar nos teus lábios, como tiras o fumo para fora sem fazer caso que isso seja sexy, mas é. É sexy o teu sussurrar com o poder de parar o mundo por um segundo e deixar-me ali como telespectadora do filme da tua vida.

A tua sensualidade é pura, humilde, casta, vasta. 

A tua sensualidade dá para tocar, dá para sentir, dá para ver e querer guardar cada momento na mente.

É uma sensualidade capaz de deixar as pessoas presas não como prisioneiros, mas prende-me a mente pensando em como irei usar isso, como irei guardar isso, como irei comportar-me, como irei esquecer se a tua sensualidade é inesquecível. 

Tem mel, tem droga, delírio, loucura, efeitos colaterais. 

É uma sensualidade que poucos conseguem carregar. 

Eu vejo isso, o mundo pará e estou a assistir como tu consegues ser tão lindo e não saber disso, uma beleza exuberante e exitante.

Não consigo enxergar apenas o teu corpo sendo apenas um desejo carnal, mas sim a forma desejo estar bem dentro de ti unindo todas as nossas forças, tudo o que nos prende um ao outro.

Não deixaste-me sequer entrar em casa, levantaste o meu vestido e penetraste-me com tanta sede e uma vontade de satisfazer.

Chamava pelo teu nome descontroladamente com receio que alguém nos esteja a observar, mas tu dizes que não tem ninguém a ver-nos e mesmo que vejam, devíamos deixar ver o que é paixão ardente.

É quente, é inflamável, destruidora e viciante.

Não posso abandonar-te quando és tudo para mim.