A minha destruição final

Pensava que estava equilibrada apenas sabia ouvir a voz da minha cabeça.
A voz da minha cabeça gritava comigo, e sabia como fazer-me sentir inútil e fraca mesmo quando eu pedia ajuda.
Eram poucos os que queriam ajudar porque achava que era mais um surto temporário.
Ou que umas garrafas de vinho resolveriam os meus demônios.
O tempo estava a parar para mim, não conseguia acompanhar mais as pessoas á minha volta nem as mudanças das estações.
Antes eu ficava feliz por pisar as folhas de secas do outono, e agora não sentia nada.
Deixei de sentir o beijo de boa noite e o beijo farto de sentimento pelas manhãs.
Deixei de olhar para mim era como se já não quisesse existir.
As lágrimas começaram a fazer parte do meu dia a dia, e deixei de importar com o que outros falavam porque ninguém ia entender a destruição que estava acontecer dentro de mim.
Por mais que tentasse explicar estava mais focada em controlar as minhas lágrimas, a quantidade vezes em que a minha garganta parecia estar a fechar, a minha cabeça cada vez mais doía, e todos os dias pensava que era o meu fim.
Na verdade, ás vezes queria ter um fim, mas tinha medo pelo que ia deixar..
Tinha medo do meu destino final ser apenas uma recordação com um fim desastroso.

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