Ódio descontrolável


Imagem retirada do Tumblr

Hoje, entrei no meu quarto e vi que a sua cor não era como aquela que alguma vez pintei, via um tom frio e sombrio, apercebi-me que estava prestes a descobrir o meu lado mais obscuro.
Deitei na minha cama bem quietinha na esperança de poder voltar ao tempo em que realmente fui feliz nela, já que ultimamente só consigo lembrar das vezes em que enxuguei as minhas lágrimas nos seus lençóis.
Estava presa no tempo que passava horas agarrada ao telemóvel á procura de um conforto nas tuas palavras, do jeito tímido de expressar sentimentos e na tua maneira de estar pronto para ajudar-me.
Eu sei que eu consegui oferecer todo o meu amor, pude dar-te forças quando mais precisas e pude fazer-te sentir uma pessoal muito especial.
Também é verdade eu senti todas essas coisas de volta, mas muitas vezes custou-me quando eu via os teus olhos cheios de raiva e as tuas palavras cuspiam um ódio descontrolável.
Percebi que talvez eu já não deveria estar a exercer o meu lugar talvez a minha missão tivesse terminado mais uma vez.
Hoje, deitada na minha cama repenso que sem a tua presença tendo sido boa e má eu não teria conseguido voar, não teria perdido medo do mundo.
Eu sabia que iria caminhar sozinha sem destino e quando eu pensava que estava forte o suficiente para enfrentar-te, eu voltava a cair por carência, de um medo que iria ficar isolada do mundo como se fossem agarrar em mim e colocar fora deste universo.
Caminhava sem rumo ouvindo o teu eco contaminando os meus pensamentos,eu precisava de deixar-te no capítulo mas feliz da minha vida, mas que juntos não poderíamos continuar a vivê-lo mesmo que existisse uma outra vida.
Vivia com uma dor dentro de mim que parecia que de certa forma, pensei que tivesse sido propositalmente por mais que o meu sofrimento fizesse sofrer fui me apercebendo com o tempo de que não desistias de trazê-lo de volta para mim quando tudo o que mais queria era ser feliz.
Secavas as minhas lágrimas tantas vezes, tive a impressão que já irritava ver-me chorar, eu chorava porque não conseguia encontrar uma solução, teimava que o erro era só meu e o que mais tinha de fazer era mudar.
Até que um dia desliguei o telemóvel e nunca mais voltei atender.  

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