Nossa pele sem luz


Estava impossibilitada de amar, mas eu sabia que estava a um pequeno alcance de amar-te  como deverias ser amado.
Parecia estar pronta e destemida a partilhar desse momento que deixava-me ansiosa, por um lado estava viva.
Tão viva que no meio de uma guerra na minha mente, eu escolhia sempre amar-te.
Persistia com a minha mente de que não sentiria saudades do teu beijo, mas eu beijava a tua boca e não conseguiria parar mais, era como se todo o meu corpo desligasse em favor desse desejo.
Ainda não sei como amar-te nem sei se mora um sentimento como amor dentro de mim e se alguma vez irei voltar a sentí-lo.
Apesar que, eu sinto os teus lábios tremerem quando sabem que irão guardar o meu sabor, dás-me o abraço mais apertado como se não soubesses mais medir a força dessa vontade.
As nossas trocas de olhares contam as fotografias guardadas nas nossas memórias.
Não quero lembrar-me da tua pele na minha porque começo a perder a conta de vezes em que estiveram tão vulneráveis.
Ás vezes em que a nossa pele sem luz, brisa e melodia faz uma história enquanto estavam guardadas uma para outra porque se era sim o seu fim, finalmente encontraram-se.
Por mais que queira gritar ao mundo o quanto amei o seu cheiro, a maciez de um corpo que prometi tocar-lhe enquanto estivesse comigo também quis guardar do mundo para que fosses só meu apenas meu.
Sempre detestei as manhãs que despertavam e saberia que todas as horas de madrugada em quatro paredes preenchidas sussurrando o teu nome, dizer-te que te amava enquanto fazíamos amor, eu queria que guardasses a minha voz dentro de ti caso um dia a perdesse para a minha solidão.
Detestava as manhãs porque sabia que tinha de despedir-me de ti, mais uma vez para o mundo real aquele que nos manteria de corpos distantes e mentes contaminadas de memórias.
Enquanto procurava por um amor pensava no teu sorriso poderia não ser o mais deslumbrante, mas o que trazia aconchego aos dias em que sentia uma profunda tristeza.
Lembrava-me do teu olhar perdido em cada detalhe meu pronto para dizer-me o que eu queria ouvir da forma mais sincera.
Mantia-me focada na saudade que insistia que não sentia assim tanto,mas quando estava contigo ela despertava ainda mais.
Ao deitar queria adormecer a olhar no teu ar sereno, num pensamento distante de mim mesmo quando os nossos corpos se abraçavam, mesmo quando ao acordar eu sabia que estavas ali á espera que eu acordasse.
Para amar-me pela manhã e falar a primeira frase e única que eu precisaria de escutar:" eu amo-te".

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