A espera pelo sonho



Sonhei com ele pensando que ele não fosse real e tudo não passasse de um sonho.
Sonhei tanto que pensei que poderia estar apaixonada por ele, e fazer apaixonar-se por mim, colocar a sua mão no meu peito e curar o peso que nele carrego.
Sonhei com vontade de não acordar do seu abraço amistoso, do seu sorriso caído na humilde, mas desiludi-me com um coração carregado de orgulho e arrogância.
Adormeci sobre esse sonho com lágrimas nos olhos, um peito rasgado, uma mente comtaminada e um sonho arruinado.
Nesse sonho avistei bem de longe uma escadaria larga, e corri com todas as minhas forças subindo como se tivesse o tempo contado até que quando alcancei o meu último degrau, olhei nos olhos dele e sem qualquer hesitação ele empurrou-me.
Sempre tive a percepção de que havia uma outra escadaria mais estreita que talvez demoraria mais tempo para alcançar o fim dela talvez teria tido mais precaução e carregaria o meu coração até lá á cima para poder entregá-lo com todo o cuidado.
Degostosa com esse sonho eu percebi que o destino não queria que eu tocasse nele, que não poderia ouvir a sua voz e que não teria razões para sonhar mais com um homem que não existe.
Ele fazia parte de um sonho grande e bonito e aí decidi que iria esperar por ele, iria esperar pelo sonho, pela visão, pelo amor, sossego e um pouco de paz.

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