A tela que eu quis pintar



Pintei a obra mais apreciada pelo mundo inteiro, pintei a tela onde se revia noites sem dormir, picos de creatividade e uma abundância de felicidade que não poderia existir em outra parte do universo.
Nessa minha pintura erámos todos donos do seu mundo, eramos mais humildes e preocupados com o amor ao próximo.
A cor castanha que balançava pela minha tela representava uma mesa com várias cadeiras recheada de uma ementa que completava-se com sorrisos, cabelos morenos, dourados, ruivos, crespos e cacheados.
A conversa principal desenvolvia-se á volta da felicidade de uns e outros.
As taças de Möet Chandon brindavam a vitória e a união de uma família.
Era tudo tão claro e equilibrado que a guerra e a morte tinham deixado de existir apenas vivíamos na eternidade abraçados á boa saúde que tinhamos.
O mundo era perfeito, tão perfeito que só poderia ser pintado e exposto numa parede branca para que todo o ser humano pudesse ter um pouco de esperança.
Aquela esperança que toda gente tem que o seu dia "será um dia melhor".
Pintei esta tela com toda a dor que a vida já causou em tão pouco tempo e essa foi a minha força, de poder chegar ao fim e ainda chorar de alegria.

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