A menina dos óculos perdidos


Posso dar-lhe o nome de Ana, talvez Inês ou mesmo Rebeca.
Sei dar-lhe um nome qualquer, mas conto a vida de uma rapariga que perdeu os óculos e passou a olhar para o mundo dum jeito de diferente e tão vazio.
Ela percebeu que na vida perdemos, e perdemos muito não é novidade nehuma.
Durante toda a vida dela, ela foi ensinada de que deveria continuar a vida mesmo que outros saíssem da sua vida e que só tinha de ser forte.
Parece cruel dizer isso, ela não sabia exactamente se era certo ou errado.
Ela foi ensinada de que uma rapariga sem responsabilidades era sinal de que nunca seria madura ao ponto de todo o mundo achar que não tinha solução.
Essa Ana, talvez Inês ou mesmo Rebeca procurava a felicidade em sitíos errados que só a idade lhe pôde dizer que não estava a caminhar para o sucesso que ela queria.
A suposta rapariga tinha deixado de ter uma identidade própria e tinha entregado á violência das palavras e violência física que instantaneamente tinha deixado com alguma dor.
Assim, que ela encontrou os óculos ela entrou na sua realidade e gostaria que tivessem dito como o mundo era para não magoar-se tanto e perceber que tinha de mudar tudo em sua vida para alcançar o que queria.
Também não é novidade, mas estava na hora de deixar de estar perdida e encontrar o sentido certo.

nono

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