Depressão uma prisão

Um médico já tinha dito que no meu diagnóstico que tinha uma depressão crónica, nesse dia caíram lágrimas dos meus olhos porque eu não queria ter aquilo era como entrar num comboio a força porque quanto mais dissessem  que eu tinha depressão mais deprimida eu ficava.
Uns meses depois num novo diagnóstico ele disse que era bipolar logo isso justificava as minhas mudanças de humor, momentos de euforia e raiva.
A depressão fez-me depender de comprimidos por 3 anos, no primeiro ano só tinha sono, menos concentração na escola e mais confusão na minha cabeça, ou seja, do nada chorava e sequer sabia razão.
No segundo ano, engordei 90 kilos, todas as roupas deixaram se ficar bem, visto que pesava 58 kilos.
Lógico que a depressão piorou porque senti-me posta de lado e ir a uma loja de roupa era como ir a guerra porque não sabia o que comprar e como vestir, eu nao conhecia aquele corpo.
Entretanto, entre o segundo e o terceiro ano foi tentativas de suícidios seguidas, automutilação... Enfim!
A última vez que estive internada na Psiquiatria eu pensei que não queria estar lá, mas de todas as vezes que pensei nisso sempre caía no erro de voltar lá.
Por pouco tempo fiz umas das viagens da minha vida e foi eu ir a Angola.
 Vi tantas cores, sol todos os dias, roupa fresca, um terraço bem alto onde ia para lá dançar, tinha uns pais espectaculares, um irmã sempre positiva, aquele barulho das ruas, frutas e comidas fez-me esquecer tudo.
Novas caras, novas pessoas!
Larguei os comprimidos não fazia sentido algum tomar aqueles comprimidos todos que não deixavam saborear a vida, rir mais, correr e arriscar.
Tornei-me forte, um pouco convencida e com vontade enorme de viver, eu nao pedi opinião algum médico dos comprimidos simplesmente os larguei porque queria libertar-me daquela prisão de pensamentos negativos e pouco produtivos.
Aqui estou a rapariga que escreve um blog!

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